Fornecimento de oxigênio pode ser interrompido em até 15 dias em RO
De acordo com um comunicado da empresa Cacoal Gases a várias prefeituras do estado, o fornecimento de oxigênio para hospitais de todo o estado pode ser interrompido dentro de 15 dias.
Segundo a empresa, “somente há insumos suficientes para o atendimento por mais quinze dias”. A partir de então, se não houver remessa de insumos de fabricantes, o fornecimento não será possível.
“Recebemos esta notícia com muita preocupação. Oxigênio é vida, e nossos profissionais já salvaram muitas vidas com esse oxigênio. Se as fábricas não conseguirem insumos, o colapso será geral”, alerta o prefeito de Cujubim, Pedro Fernandes.
A empresa informou que depende de insumos que vem da região sul, sudeste e nordeste do país. Os fornecedores passaram a não programar mais as remessas de materiais, o que traz insegurança e dificulta a garantia e continuidade da produção.
Gabinete pede medidas urgentes ao Ministério da Saúde
O Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac) enviou ao ministro da Saúde, Eduardo Pauzello, ofício solicitando a adoção urgente de providências para evitar o risco iminente de desabastecimento de oxigênio medicinal do estado de Rondônia.
A documentação, elaborada pelo governo de Rondônia e remetida ao Giac pela unidade do MPF no estado, informa que o sistema de saúde estadual registra 100% de ocupação de leitos de UTI há 48 dias, com fila de espera de 137 pacientes, sendo 98 em estado grave. Quatro municípios já encaminharam à Secretária de Saúde de Rondônia alerta da única empresa fornecedora de oxigênio medicinal, a Cacoal Gases, informando que os estoques devem durar apenas mais 15 dias.
Além das providências para evitar o desabastecimento de oxigênio, o MPF e o Giac pedem que o Ministério da Saúde avalie a possibilidade de destinação diferenciada de vacinas a Rondônia, como foi feito com outros estados da região Norte, considerando a situação de colapso.
O ofício que encaminha a solicitação ao ministro da Saúde foi assinado pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, coordenadora nacional finalística substituta do Giac, nesta sexta-feira (12). (A.I.)
Fonte: Diário da Amazônia
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