Gaeco aponta esquema de corrupção liderado pelo chefe da Casa Civil de Rondônia
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) deflagrou nesta sexta-feira (14) a segunda fase da Operação Propagare, que investiga a atuação de um grupo criminoso especializado em fraudes nos procedimentos licitatórios e corrupção dentro do governo de Rondônia.
Segundo aponta o Gaeco, o secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, seria o líder dessa organização criminosa atuante no estado.
“Apurou-se que a organização criminosa é supostamente liderada pelo Secretário-Chefe da Casa Civil, que conta com o auxílio e colaboração de seu advogado particular, o qual detém importante função na interlocução entre o agente político com os servidores e empresários do ramo de publicidade, razão pela qual a promotoria de Justiça representou pelas medidas”, diz o Gaeco.
Por causa das denúncias contra o chefe da Casa Civil, o Ministério Público de Rondônia pediu que Júnior Gonçalves seja afastado de forma cautelar do cargo.
O que se sabe até agora:
– A quebra de sigilo bancário aponta pagamentos de vantagens indevidas ao secretário-chefe da Casa Civil;
– Os pagamentos seriam por intermédio de contrato simulado de serviços e honorários advocatícios firmado com auxílio e voluntariedade do advogado de Júnior;
– O objetivo do grupo criminoso seria garantir contratos de prestação de serviços de publicidade no âmbito do governo estadual;
– prejuízo aos cofres ao público é milionário, segundo o MP.
Nessa etapa da operação são cumpridos mandados de busca e apreensão pelo Gaeco, Polícia Civil e Polícia Federal (PF).
Júnior Gonçalves disse que foi notificado sobre a operação e se colocou à disposição para eventuais esclarecimentos, além de estar tomando ciência dos pormenores das investigações. “De antemão, esclareço a todos que confio na justiça e tenho total convicção de que a verdade prevalecerá”, disse o chefe da Casa Civil através de nota.
Procurado pela reportagem, o governo de Rondônia informou que Marcos Rocha foi notificado sobre a investigação e que o chefe da Casa Civil vai deixar, de forma temporária, de exercer suas funções na pasta.
“O Governador Marcos Rocha foi notificado sobre o andamento da operação na manhã desta sexta e o secretário-chefe da Casa Civil precisou deixar suas funções administrativas por tempo limitado. O Governo do Estado de Rondônia reitera que respeita o trabalho do judiciário e que espera a conclusão do andamento processual para que os fatos concretos venham à tona”, afirma a nota da assessoria do governo de Rondônia.
O nome do advogado denunciado pelo Gaeco não foi divulgado.
Fonte: G1
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