Grupo é preso por estender faixa de protesto contra Bolsonaro em Brasília.
Na manhã desta quinta-feira (18), cinco jovens foram presos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) enquanto estendiam uma faixa de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo a PM, “o grupo foi detido sob a acusação de infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao presidente da República”. A faixa chamava o presidente de “genocida”.
O grupo foi levado para a Delegacia da Polícia Federal, onde ficou por cerca de seis horas e depois foi liberado. A PF não se pronunciaria “por enquanto”.
Em uma rede social, a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) disse que estava acompanhando o caso e “analisando medidas concretas pra combater o avanço autoritário que utiliza esse entulho da ditadura que é a Lei de Segurança Nacional”. Além dela, o deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) também esteve na delegacia.
Segundo a parlamentar, “o delegado da PF descartou esse enquadramento absurdo”. Um dos presos Victor Emanoel, de 25 anos, relatou que a faixa ficou estendida por menos de um minuto “Eles” [a PM] logo já chegaram e tomaram a faixa”, disse Emanoel. O jovem disse que os detidos formam um grupo de amigos, todos moradores do DF.
Um dos presos disse a faixa com a suástica já foi usada em Brasília. “Essa faixa já foi usada outras vezes, no último ano, mas só agora incomodou”.
Em depoimento à PF, outro detido Rodrigo Grassi, contou que ganhou a bandeira de manifestantes de São Paulo, que realizaram protesto em Brasília, em junho de 2020. Segundo o jovem, a faixa já foi estendida por mais de três horas, em outro ato, na capital federal.
Ainda de acordo com o depoimento, a imagem é uma réplica de uma charge do cartunista Aroeira, publicada em 2020. O desenho retrata Bolsonaro pintando a suástica, símbolo nazista, em uma cruz vermelha, que faz referência ao serviço de saúde.
No ano passado, a charge provocou reação do governo. À época Bolsonaro pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigasse o caso.
Fonte:G1
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