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Lei do Ex aplicada: veja a lista dos jogadores que “preferem” marcar contra seus antigos clubes

Diego Souza, Ricardo Oliveira, Deivid, Carlos Alberto e o volante Bruno Henrique são alguns dos nomes que costumam marcar mais gols quando enfrentam ex-times no Brasileirão desde 2010

Lei do Ex aplicada: veja a lista dos jogadores que

“Rapaz, não é que o cara fez gol de novo no time que ele já jogou?” Pois é, a Lei do Ex só ganhou relevância no Brasil porque certos jogadores foram capazes de dar esse estalo na cabeça dos torcedores. É claro que alguns se dão melhor que outros em partidas contra ex-clubes – e é justamente desses atletas que vamos tratar. Uma dica: se você pensou em Diego Souza, pelo extenso currículo de gigantes, acertou na mosca. Mas vai bem além dele. Confere aí!

Em parceria com o Gato Mestre, do Cartola FC, o ge analisou o desempenho de todos os jogadores que atuaram pelo Brasileirão, de 2010 a 2020. Para elaborar o ranking dos mais efetivos contra ex-clubes, a reportagem analisou a média de gols contra antigos times em comparação com a média de gols contra equipes pelas quais o atleta nunca atuou. Assim, foi possível revelar quem costuma seguir à risca a Lei do Ex ou não.

Esta é a quarta da série de cinco reportagens sobre o tema da Lei do Ex. Nas matérias, o ge vai trazer uma nova visão sobre a lei, vai abordar os jogadores que têm melhor ou pior desempenho contra um ex, os times que mais sofrem gols de ex ou os que se aproveitam mais da lei para balançar a rede. Todo este material será publicado na semana que antecede o início do Brasileirão de 2021.

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O primeiro ranking leva em conta um mínimo de gols, e talvez o líder não seja quem você esperava. Sabe o Bruno Henrique? Não, não é o atacante do Flamengo. Estamos falando daquele volante ex-Corinthians e Palmeiras, que fazia gol direto. Pois ele puxa a fila graças à diferença da média de gols por jogo contra ex comparada com a média de gols contra demais equipes. Ou seja, se a diferença é positiva, isso quer dizer que o jogador costuma performar melhor diante de ex-times.

Lei do Ex em ação: Bruno Henrique celebra gol sobre o Corinthians, pelo Brasileirão 2019 — Foto: Marcos Ribolli

Lei do Ex em ação: Bruno Henrique celebra gol sobre o Corinthians, pelo Brasileirão 2019 — Foto: Marcos Ribolli

Bruno Henrique marcou média de 0,5 gol por jogo contra ex-clubes, impressionante para um volante. Curiosamente, sete dos oito gols dele em 16 jogos contra ex foram diante do Atlético-MG, clube que defendeu brevemente, em 2010 (nem lembrava, né?). O outro gol foi contra o Corinthians, já pelo Palmeiras. BH anotou outros 23 gols sobre demais equipes, num universo de 176 partidas, média de 0,13 por jogo.

Jogadores com melhor performance contra ex-times (mínimo de gols)

Atleta Jogos contra demais times Gols contra demais times Jogos contra ex Gols contra ex Média de gols contra demais times Média de gols contra ex Diferença de média
Bruno Henrique 176 23 16 8 0,131 0,500 0,369
Deivid 72 24 14 8 0,333 0,571 0,238
Henrique Dourado 106 35 18 10 0,330 0,556 0,225
Ricardo Oliveira 149 55 15 8 0,369 0,533 0,164
Vina 125 18 28 8 0,144 0,286 0,142
Kieza 110 29 29 10 0,264 0,345 0,081
Diego Souza 186 56 91 33 0,301 0,363 0,062
Cícero 204 38 45 11 0,186 0,244 0,058
Paulo Baier 74 20 28 9 0,270 0,321 0,051
André 191 60 28 10 0,314 0,357 0,043
André Lima 127 36 45 14 0,283 0,311 0,028

Para entrar na lista acima, o jogador precisou ter feito pelo menos oito gols contra ex no Campeonato Brasileiro entre 2010 e 2020. Este é o recorte de 25% do ex com mais gols. No caso, Diego Souza, com 33 bolas na rede diante de ex-equipes.

Na sequência da lista temos três centroavantes de peso. Deivid, que teve passagens por Cruzeiro, Santos, Corinthians e Flamengo, encerrou a carreira pelo Coritiba, em 2014, tendo jogado o Brasileirão apenas até 2013. Mesmo assim, ficou em segundo no ranking, por ter sido castigo recorrente a clubes anteriores: três gols contra o Cruzeiro, três diante do Santos e mais dois contra o Corinthians. No total, oito gols em 14 jogos (0,57). Deivid teve desempenho bom também contra outros times (0,33), mas longe do alto rendimento contra ex.

Henrique Dourado, o especialista em pênaltis, vem em terceiro, sustentado por dez gols em 18 partidas contra ex, com destaque para um hat-trick contra a Chapecoense, em 2014, quando estava no Palmeiras. Dourado defendeu o clube catarinense em 2012. Ele também já carimbou as redes de Santos (quatro vezes), Palmeiras, Cruzeiro e Fluminense, após passagens por eles. A média diante dos ex (0,56) é bem superior aos 0,33 que conseguiu nas demais partidas.

Ricardo Oliveira comemora gol pelo Atlético-MG, diante do São Paulo, no Brasileirão 2018 — Foto: Daniel Vorley/Agif/Estadão Conteúdo

Ricardo Oliveira comemora gol pelo Atlético-MG, diante do São Paulo, no Brasileirão 2018 — Foto: Daniel Vorley/Agif/Estadão Conteúdo

Entrevistado para falar do assunto, Ricardo Oliveira ficou em quarto na lista, mesmo tendo marcado um caminhão de gols (55 em 149 partidas) contra clubes que jamais defendeu. Foram oito bolas na rede em 15 duelos com ex, e as vítimas foram São Paulo e Santos, quatro vezes cada. Ricardo, que está prestes a encerrar contrato com o Coritiba, não crê que seu melhor rendimento contra ex-times tenha a ver com ser uma espécie de “espião” do adversário.

– Eu acho que o fato de conhecer os companheiros não facilita em nada porque hoje em dia todo mundo se conhece, com tecnologia, análise de desempenho, todo mundo sabe como cada time joga. A explicação é a vontade de deixar o seu melhor em campo e, na minha função, isso significa fazer gols. Você deixa as amizades de lado quando começa o jogo e foca no trabalho para ajudar seu novo time.

Antes do segundo ranking, que se baseia num número mínimo de jogos, precisamos falar do cara que é o parâmetro dessa pesquisa e o mais fiel cumpridor da Lei do Ex: Diego Souza.

Diego Souza comemora gol pelo Grêmio diante do Fluminense, clube que o revelou, no Brasileirão 2020 — Foto: Eduardo Moura

Diego Souza comemora gol pelo Grêmio diante do Fluminense, clube que o revelou, no Brasileirão 2020 — Foto: Eduardo Moura

Em números absolutos, não teria para ninguém nessa disputa. Diego Souza foi, disparadamente, quem mais marcou gols contra ex-clubes no Campeonato Brasileiro, de 2010 a 2020: 33, contra 14 de André Lima, segundo colocado. Também é de Diego o maior número de partidas disputadas contra ex: 91, bem à frente das 69 do vice Rafael Moura. Acontece que o centroavante já rodou por muitos clubes de Série A na carreira – só na edição 2020, foram oito. Portanto, aplicamos recortes para a comparação ser mais justa.

Dito isso, vamos à lista. Carlos Alberto, aquele mesmo, revelado pelo Fluminense, campeão da Liga dos Campeões pelo Porto, encabeça a relação dos atletas que mais tiveram oportunidades de enfrentar ex-times. Aposentado desde 2019, o ex-meio-campista conseguiu marcar o dobro de gols contra clubes que defendeu em relação aos demais. Com as camisas de Vasco e Figueirense, entre 2012 e 2016, Carlos Alberto marcou contra Botafogo e São Paulo (duas vezes cada), além de Fluminense e Bahia.

Carlos Alberto encara seu clube formador em Figueirense x Fluminense, do Brasileirão 2015 — Foto: EDUARDO VALENTE - Agência Estado

Carlos Alberto encara seu clube formador em Figueirense x Fluminense, do Brasileirão 2015 — Foto: EDUARDO VALENTE – Agência Estado

O segundo posto cabe ao zagueiro Rodrigo, que parecia preferir balançar as redes de ex-times. Quando defendeu Grêmio, Goiás e Vasco, o defensor não poupou seus antigos empregadores Flamengo e São Paulo. Foram seis gols marcados, três em cada, num total de 31 enfrentamentos “especiais” para ele, digamos assim. A diferença para a média de gols contra demais clubes é grande, já que anotou apenas três gols em 72 partidas. Rodrigo se aposentou em 2017, quando atuava pela Ponte Preta.

Jogadores com melhor desempenho contra ex-times (mínimo de jogos)

Atleta Jogos contra demais times Gols contra demais times Jogos contra ex Gols contra ex Média de gols contra demais times Média de gols contra ex Diferença de média
Carlos Alberto 67 3 29 6 0,045 0,207 0,162
Rodrigo 72 3 31 6 0,042 0,194 0,152
Vina 125 18 28 8 0,144 0,286 0,142
Nikão 166 11 34 7 0,066 0,206 0,140
Camilo 126 10 29 5 0,079 0,172 0,093
Kieza 110 29 29 10 0,264 0,345 0,081
Everton Ribeiro 211 35 26 6 0,166 0,231 0,065
Diego Souza 186 56 91 33 0,301 0,363 0,062
Bruno Silva 184 12 32 4 0,065 0,125 0,060
Cícero 204 38 45 11 0,186 0,244 0,058
Paulo Baier 74 20 28 9 0,270 0,321 0,051

Para entrar na lista acima, o jogador precisou ter feito pelo menos 23 jogos contra ex no Campeonato Brasileiro entre 2010 e 2020. Este é o recorte de 25% do ex que mais atuou. No caso, Diego Souza, com 91 jogos diante de ex-equipes.

Vina merece menção honrosa, até pelo fato de ter um “ex-nome”. O antigo Vinícius se transformou num meia artilheiro no Ceará e desembestou a carimbar os ex-clubes, sobretudo em 2020, seu grande ano na carreira. Entre 2015 e 2018, por Fluminense e Bahia, foi às redes contra Paraná (duas vezes), Joinville e Coritiba. Apenas na temporada passada, fez mais quatro gols que deixaram antigos torcedores chateados, diante de Coritiba, Bahia e um em cada turno contra o Fluminense.

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