banner farmacia  preço baixo
condaron
banner mercado curitiba
banner clinica vet

Na 13ª condenação na Lava Jato, Renato Duque recebe pena de 30 anos de prisão por corrupção

diretor de Serviços da Petrobras, que deixou a cadeia há mais de um ano, deverá cumprir pena em regime fechado. Justiça Federal determinou reparação de danos de US$ 12 milhões.

Renato Duque, que é ex-diretor de Serviços da Petrobras, ficou preso por cinco anos — Foto: Reprodução

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi condenado nesta segunda-feira (26) a 30 anos de prisão em regime fechado por corrupção passiva em um processo da Operação Lava Jato. Esta é a 13ª condenação dele decorrente da operação.

Na decisão, o juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, determinou reparação mínima de danos de US$ 12 milhões.

O juiz indicou que o valor representa a propina comprovadamente repassada a Duque em contratos do Grupo Keppel Fels com a Petrobras. Ele também terá que pagar 629 dias-multa, sendo que cada um vale cinco salários mínimos no valor vigente em fevereiro de 2012.

O ex-diretor de Serviços da estatal era o único réu nesta ação, que foi desmembrada do processo que terminou com a condenação do marqueteiro João Santana, da mulher dele e mais quatro pessoas, em fevereiro de 2017. As ações têm ligação com a 23ª fase da Lava Jato.

G1 tenta contato com as defesas dos citados.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), no total pago em propina em contratos com o estaleiro Keppel Fels foi de US$ 30 milhões. Os contratos foram firmados para a realização das plataformas P-51, P-52, P-56 e P-58.

O estaleiro também tinha contratos com a Sete Brasil, empresa criada para operar o pré-sal e tem a Petrobras entre as acionistas. Nos contratos para construção de sondas entre a empresa e a Sete Brasil a propina chegou a US$ 185 milhões.

“A prática dos crimes de corrupção envolveu o pagamento a agentes da Petrobras, a agentes da Sete Brasil e ao Partido dos Trabalhadores, com intermediação de João Vaccari Neto, de valores milionários, sendo US$ 12 milhões em propinas para o próprio Renato Duque, o que representa um montante muito expressivo”, afirma o juiz.

Bonat indica que as provas revelam “sofisticação do mecanismo de corrupção, com a adoção de sistema de compensações entre os destinatários da vantagem indevida”.

“[…] os atos praticados atingiram diretamente a lisura do processo seletivo para contratação das sondas, afastando a oportunidade de outras empresas interessadas participarem e eventualmente vencerem regularmente o processo licitatório, em detrimento da coisa pública. O acerto e recebimento dos valores permitia o funcionamento do esquema de compensações entre os beneficiários da propina”, diz o magistrado.

Prisão e outras condenações

Em março de 2020, Duque colocou tornozeleira eletrônica e deixou a prisão no Paraná rumo ao Rio de Janeiro. Ele ficou preso por cinco anos após investigações e condenações da Lava Jato.

Veja abaixo as outras condenações de Renato Duque na Lava Jato na 1ª instância:

  1. setembro de 2015: 20 anos e 8 meses por corrupção e lavagem de dinheiro;
  2. março de 2016: 20 anos, 3 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro;
  3. maio de 2016: 10 anos por corrupção;
  4. março de 2017: 6 anos e 8 meses por corrupção;
  5. junho de 2017: 5 anos e 4 meses por corrupção;
  6. agosto de 2017: 10 anos por corrupção;
  7. maio de 2018: 2 anos e 8 meses por corrupção;
  8. novembro de 2018: 3 anos e 4 meses por corrupção;
  9. fevereiro de 2020: 6 anos, 6 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro;
  10. julho de 2020: 3 anos e 11 meses por corrupção;
  11. fevereiro de 2021: 3 anos, 7 meses e 22 dias por lavagem de dinheiro;
  12. abril de 2021: 3 anos, 6 meses e 23 dias por lavagem de dinheiro.

Fonte:G1

Comentarios